Inicialmente este projeto foi desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular Técnicas de Animação de Grupo dirigida pelo Master Carlos Jorge De Sá Pinto Correia, no decorrer do 2º ano da Licenciatura de Educação Socioprofissional da Escola Superior de Educação Jean Piaget de Arcozelo.
Hodiernamente, o bloguefólio é desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular Metodologias e Técnicas de Educação Gerais e Especiais II.
O blogue é uma página da internet que possui mecanismos simples de forma a que seja possível postar textos, imagens e vídeos. Através do blogue é possível proporcionar uma experiência social na medida em que todos podem discutir ideias e opiniões sobre determinados assuntos sem que estejam no mesmo espaço físico e ao mesmo tempo.
Este mecanismo é uma rede interactiva onde são partilhados conhecimentos de maneira a dinamizar a Educação. O facto de um Educador Socioprofissional utilizar este tipo de ferramenta faz com que o seu currículo enriqueça e o seu curso fique com uma maior visibilidade. Através do bloguefólio o Educador Socioprofissional pode demonstrar os seus trabalhos, as suas experiências , também, adquirir o mesmo (através de outros blogues). Um ponto bastante relevante é o facto de o blogue não conter fronteiras, o que possibilita a comunicação com todos os indivíduos de diferentes locais.
Em síntese, para um Educador Socioprofissional, um weblog, também assim designado, é um portfólio pessoal, embora digital que se caracteriza como um espaço de intercâmbio, colaboração e debate. Deve ser construído gradualmente de maneira a que o Educador consiga relatar as suas experiências mais significativas para que seja possível a reflexão dos que visualizam os assuntos expostos.

Educação Social

A Associação Internacional de Educadores da Juventude Europeia (1995) propõe uma definição de Educador Social: "Por Educador Social entende-se que é a pessoa que, depois de uma formação específica favorece, mediante os métodos e técnicas pedagógicas, psicológicas e sociais, o desenrolo pessoal, a maturação social e a autonomia das pessoas, jovens e adultos incapacitadas, desadaptadas ou em perigo. O educador trabalha com estas pessoas as diferentes situações provocadas pela vida quotidiana, seja dentro das instituições residenciais ou de serviços, seja no ambiente natural da vida através da acção contínua e conjunta com a pessoa e com o ambiente."

Âmbitos de Intervenção da Educação Social
Parcerisa (1999) citado por Serrano (2003) propões uma classificação de âmbitos sociais:
1- Animação e dinamização sociocultural: educação extra-escolar (complemento da escola). Exemplo: Actividades educativas de férias, Instituições Globais de Educação em tempos livres, entre outros.
2- Educação de pessoas adultas: educação básica, formação profissional e laboral.
3- Educação em sectores problemáticos específicos: imigração, justiça infantil, exclusão social, pessoas incapacitadas, minorias, entre outros.
4- Intervenção nos meios de educação informal: meios de cultura, de cuidados e de comunicação.
No II Congresso Estatal de Educação Social, são delimitados os seguintes âmbitos:
- Âmbitos comunitários: serviços de atenção primária e serviços especializados.
- Âmbitos Institucionais: residenciais, centros abertos e instituições fechadas.
- Áreas: de formação permanente e inserção social, educacional e de trabalho.
Sarramona e Úcar (1968), citados por Serrano (2003) , defendem outros campos de intervençao social:
1. Educação Permanente de pessoas adultas
2. Formação Laboral
3. Educação Especializada
4. Animação Sociocultural e tempos livres


Funções do Educador Social:
Funções de base: conjunto de actividades de cuidado e higiene, de alimentação, vestuário , protecção e diversas necessidades das pessoa.
Funções normativas:  transmissão de regras e valores.
Funções de Autoridade: fazer com que as regras se cumpram de maneira a garantir a protecção.
Funções de ajuda: escutar, proteger, tranquilizar, valorizar, facilitar a comunicação e acalmar.
Funções de identificação e apoio: ajuda nos relacionamentos nos trabalhos de casa das crianças, nos seus tempos de lazer e tenta arranjar meios/técnicas adequadas para facilitar a aprendizagem.
Funções de coordenação: deve existir uma equipa de educadores capaz de criar actividades e programas para jovens.
Funções de seguimento: ajudar e proteger os grupos mais desfavorecidos (continuamente).
Funções de derivação: saber aproveitar os recursos de cada grupo social e de espaço físico e material.
Funções de tratamento: ensinar as pessoas a ter regras e trabalhar os seus problemas individuais e colectivos.

Fonte: Serrano, Glória Pérez, 2003, Pedagogia Social Educação Social, Construcción Científica e Intervención práctica, Madrid.